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Atlas do UNAIDS ganha atualização com 11 novos indicadores sobre populações-chave

13 janeiro 2022

O Atlas de Populações-Chave, uma publicação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), recebeu uma atualização com 11 novos indicadores sobre populações em maior risco de contrair HIV ou que já vivem com o vírus.

Os novos dados focam em homens gays e outros homens que fazem sexo com homens e são provenientes do projeto Pesquisa Europeia sobre HSH na internet (EMIS) e sua versão latino-americana, o LAMIS. 

Os dados, coletados em 68 países entre 2017 e 2018, guiarão organizações da sociedade civil e formuladores de políticas públicas para criar infraestruturas de atendimento para estas populações.

Um homem é testado para o HIV no Centro de Saúde de Odienné, na Costa do Marfim
Legenda: Um homem é testado para o HIV no Centro de Saúde de Odienné, na Costa do Marfim
Foto: © Frank Dejongh/UNICEF

O Atlas de Populações-Chave, conteúdo desenvolvido pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), recebeu uma atualização com 11 novos indicadores. O atlas é uma ferramenta online e em inglês, que fornece uma gama de informações sobre populações com maior probabilidade de contrair HIV ou que já estão vivendo com o vírus, como profissionais do sexo, pessoas trans, pessoas que usam drogas, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens.

A nova atualização amplia as informações sobre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, baseado em indicadores dos projetos EMIS (Pesquisa Europeia sobre HSH na internet) e LAMIS (Pesquisa para América Latina sobre HSH na internet).

Com financiamento da Comissão Europeia, o EMIS-2017 coletou dados de homens gays e outros homens que fazem sexo com homens em 50 países, entre outubro de 2017 e janeiro de 2018. A LAMIS é a versão latino-americana da EMIS e terminou a coleta de dados em mais 18 países em maio de 2018.

Os 11 novos indicadores foram escolhidos devido à sua alta relevância para estas comunidades. Agora o atlas passa a mostrar dados referentes a sífilis, sífilis sintomática, gonorreia, gonorreia sintomática, clamídia, clamídia sintomática, testes de infecções sexualmente transmissíveis, notificação da pessoa parceira com sífilis, notificação da pessoa parceira com gonorreia e vacinação contra as hepatites A e B.

Enfrentamento - Dados que revelam a real situação destas populações são essenciais para enfrentar as desigualdades que impulsionam as pandemias, como as da AIDS e da COVID-19. São informações como estas que também asseguram a continuidade dos serviços de saúde e protegem os direitos e a subsistência dos mais vulneráveis.

As descobertas da EMIS e da LAMIS serão importantes para informar as organizações da sociedade civil que trabalham com saúde sexual, prevenção do HIV e direitos das minorias sexuais e para os formuladores de políticas, planejadores de prevenção extracomunitária, epidemiologistas e modeladores.

Um exemplo desta aplicação pode ser vista na Irlanda, onde o Relatório Nacional EMIS-2017 (em inglês) ajudou a identificar que intervenções positivas em relação aos testes de HIV podem ser atribuídas ao aumento da disponibilidade de testes comunitários.

Aplicação - “Para não deixar ninguém para trás, precisamos de uma coleta de dados centrada nas pessoas e que evidencie as desigualdades que estão dificultando o acesso aos serviços. É fundamental entender quem são as pessoas mais afetadas e com menor capacidade de acessar os serviços”, comenta a representante do UNAIDS na União Europeia, Jantine Jacobi. 

Os resultados dos novos indicadores ajudarão a aumentar as parcerias com outras organizações da sociedade civil em cada país, além de servir como base para a tomada de decisões e o planejamento de políticas públicas.

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

UNAIDS
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa